Os usuários estão preferindo os smartphones aos desktops?
Muitas pessoas hoje em dia são inseparáveis do seu smartphone. O dispositivo móvel deixou de ser apenas um veículo de comunicação, para oferecer soluções em qualquer lugar a quem for efetuar transações bancárias, compras, reservas de férias ou procurar um novo apartamento, por exemplo. Em função da praticidade e do nível de desempenho oferecido pelo smartphone, ele está se tornando a plataforma escolhida para muitos também em casa, sem precisar utilizar o desktop ou notebook.
De acordo com a eMarketer, os usuários brasileiros de smartphone subirão até 41 milhões neste ano, representando cerca de 37% dos usuários de celulares. Os “Famintos” por aplicativos procuram expandir o máximo possível a utilidade do seu smartphone. Os empregadores têm que considerar cada vez mais que para engajar a própria força de trabalho é necessário satisfazer esta necessidade, disponibilizando a devida ferramenta para realizar tarefas essenciais, como pedidos e reservas de férias pelo celular.
Tendências como a BYOD (“bring your own device”, ou seja, “traga seu próprio dispositivo”), juntamente com a consumerização de TI, estão alimentando ainda mais esse desejo de transferir para o ambiente móvel as tarefas historicamente realizadas pelo computador empresarial. De acordo com isso, os fornecedores de software focaram-se no desenvolvimento de ferramentas self-service para dispositivos móveis.
Na hora de implementar o próprio aplicativo de RH para dispositivos móveis, a Cezanne colocou no topo dos objetivos a usabilidade e a qualidade da experiência de uso. O assunto central da estratégia foi deveria ser utilizada a abordagem clássica HTML5, desenvolver um aplicativo nativo ou uma abordagem híbrida, que combina elementos dos dois.
HTML 5 vs. aplicativo nativo vs. aplicativos híbridos
Cada abordagem tem seus prós e contras. A tecnologia HTML5 é do tipo “escreva uma vez, use em qualquer parte” e pode ser muito mais inclusiva e democrática para algumas aplicações. Os aplicativos são mantidos em servidores remotos (ao invés de no dispositivo) e acessados via browser. A maioria utiliza a tecnologia de design responsivo, que ajusta automaticamente o tamanho da página em função do tamanho e da resolução da tela, parecendo, desta forma, uma implementação específica para o dispositivo utilizado.
Todavia, está crescendo entre os desenvolvedores a opinião de que a tecnologia HTML5 oferece uma experiência com dispositivos móveis válida somente em alguns casos, como jornais e revistas eletrônicas, mas não atende de forma adequada quando a interação com o usuário torna-se mais “pesada”.
Os aplicativos nativos são feitos sob medida para sistemas operacionais específicos, como Google Android ou iOS, da Apple. O desenvolvedor precisa criar um aplicativo separado para cada plataforma, mas desta forma pode aproveitar os pontos de força de cada sistema operativo e as funcionalidades embutidas neles.
Por isto um aplicativo nativo bem desenvolvido disponibiliza uma melhor experiência de navegação e um melhor desempenho em comparação a um aplicativo HTLM5. Melhor também é a aceitação do usuário quanto à aparência do aplicativo, pois tem um aspecto familiar, do mesmo padrão que costuma usar.
Um aplicativo híbrido é um aplicativo HTML5 “embrulhado” dentro de um aplicativo nativo. O aplicativo “embrulhador” é nativo e específico para cada plataforma e pode, portanto, desfrutar da proximidade com o sistema operacional. De outro lado, o componente HTML5 está compartilhado com todas as plataformas, permitindo um certo grau de reutilização de código. Isto poderia aparecer, à primeira vista, a melhor abordagem em relação a fornecer o melhor de ambos os ambientes. Mas, na verdade, esta abordagem, além de perder o “look and feel” da plataforma, herda muitos dos problemas de usabilidade e desempenho da abordagem HTML5.
A identificação das prioridades
A identificação do rumo certo de desenvolvimento nunca pode ser tomada às pressas e, portanto, a Cezanne implementou um teste abrangente sobre as três abordagens:
HTML5, nativo e híbrido.
No final, a nossa decisão de optar pelo rumo nativo baseou-se em dois fatores: a usabilidade e a eficiência. Na nossa visão, a usabilidade sempre foi o princípio orientador. Queremos funcionários capazes de realizar tarefas como controlar próprios pedidos de férias, solicitar tempo de folga e encontrar informações de contato dos colegas, por exemplo, sem ter necessidade de treinamento ou familiarização.
Sabíamos que isto era perfeitamente possível e que há pessoas que usam um aplicativo para dispositivos móveis (app) uma o duas vezes por mês, talvez menos ainda, uma ou duas vezes por ano. Portanto, o app precisa ser familiar desde o início. A nossa pesquisa descobriu que o app nativo oferece a inserção de dados e a interatividade com a maior eficiência e disponibiliza a mais simples experiência ao usuário.
Os aplicativos de RH têm que ser altamente interativos e precisam gerir uma grande quantidade de dados. Precisamos recuperar informações em tempo real do sistema Cezanne HR na nuvem e instantaneamente encaminhar pedidos para o adequado processo de aprovação. É também importante que os empregados e os gerentes vejam somente os dados que lhes pertencem.
Em termos de velocidade de desenvolvimento descobrimos que, na realidade, quando é preciso mais interatividade e aplicativos orientados por dados, desenvolver via HTML5 não é de fato mais rápido. Embora seja necessário desenvolver um aplicativo somente, o número de problemas de compatibilidade devidos a uma falta de padronização entre as diferentes plataformas demonstrou, no final, que esta abordagem é ainda mais onerosa.
Outro princípio orientador na adoção da abordagem nativa foi o bem concebido padrão de desenvolvimento nos respectivos sistemas operacionais. Fornecedores têm investido tempo e dinheiro nas seguintes áreas: como deveria ser percebida a experiência de “deslizar”, onde deveria ser posicionado na tela o elemento interativo, assim como qual deveria ser o tamanho dos botões e do teclado.
Isso tudo contribui para uma experiência muito mais intuitiva, simples e familiar para os usuários.
Nós não estamos sozinhos …
A Cezanne não chegou sozinha à conclusão de que o rumo do app nativo é o melhor para atender às suas necessidades. De fato muitas empresas de alto perfil, que tinham desenvolvido aplicativos para dispositivos móveis usando a abordagem HTLM5, mudaram para a abordagem nativa. O que estas empresas entenderam é que é o próprio usuário que decide e os desenvolvedores têm que considerar o impacto potencial de uma experiência deficiente na área mobile.
O desenvolvimento baseado na web poderia parecer o caminho mais curto e rápido, mas a nossa opinião é que os benefícios oferecidos pela abordagem nativa em termos de desempenho e usabilidade são muito mais importantes.
O aplicativo de RH para dispositivos móveis não quer e não precisa disponibilizar o mesmo nível de funcionalidades do ambiente desktop, mas qualquer tarefa que for preciso executar deve ter um bom desempenho e, com certeza, a abordagem nativa é a melhor via para atingir esse objetivo.