A chamada economia gig vem ganhando cada vez mais espaço no mundo laboral, com o avanço da robotização do trabalho e da flexibilização das relações trabalhistas. Trata-se de um processo praticamente indeclinável, aprofundando-se de forma progressiva. Os trabalhadores gig (giggers ou gig workers, como consagrados na língua inglesa) são aqueles que não têm vínculo empregatício com a empresa para a qual prestam seus serviços ou são contratados a termo certo, mantendo um regime de trabalho temporário e, portanto, flexível. Anteriormente, esta expressão era mais voltada para o mercado de entregas e transportes, mas acabou por se disseminar.
Fica no ar, então, uma indagação muito importante: como as empresas e seus respectivos departamentos de recursos humanos devem lidar com esses colaboradores, de modo a ter uma produtividade alta e condições dignas de trabalho? Para ilustrar essa tendência, podemos apontar um estudo da consultoria Ernst & Young, que mostra que, até 2020, um em cada cinco trabalhadores dos Estados Unidos será temporário. Além disso, esta mesma pesquisa mostrou que, entre as empresas que detêm as 500 ações mais representativas da Bolsa de Nova Iorque, houve um crescimento de apenas 2,7% nas vagas fixas de emprego entre 2009 e 2015.
Vantagens e desvantagens desta modalidade de trabalho para as empresas
Esta forma contemporânea de trabalho tem como seu principal símbolo os condutores de aplicativos, porém este mesmo exemplo mostra com bastante clareza que as empresas devem se preocupar com a conformidade às leis, a fim de se evitarem problemas judiciais. Porém, a utilização de freelancers tem se alastrado de uma forma geral pelas empresas, tendo em vista a facilidade trazida pela diminuição da rigidez do vínculo de trabalho, o que se reflete na própria redução de custos referentes a encargos trabalhistas.
Outro benefício é a possibilidade de as empresas alocarem com maior fluidez os colaboradores em seus diversos projetos, além de poderem escolher profissionais com as qualificações exigidas para determinada função, evitando-se a necessidade de oferecer treinamento para funcionários que não tenham essas aptidões, ou de deixar parte da mão de obra ociosa. Uma vez que se encerre determinado projeto e, portanto, determinada necessidade específica de mão de obra, pode-se abrir mão destes colaboradores sem que haja a necessidade de dar conta de maiores encargos
Por sua vez, podemos apontar a maior dificuldade de os trabalhadores da economia gig criarem vínculo e engajamento com a empresa, o que pode acarretar enfraquecimento da cultura corporativa de longo prazo da empresa. Ter um determinado contingente de empregados com longa permanência na empresa não é sinônimo de engessamento das relações laborais, de forma que podem-se conciliar diversas modalidades de trabalho na mesma corporação. Pelo contrário, estes profissionais mais longevos contribuem para o fortalecimento da linha de atuação da empresa, com uma visão estratégica de longo prazo que também contempla variações de curto prazo. De facto, a inexistência de vínculo mais rígido, se não for bem manejada, pode resultar em dificuldades para que a realização dos trabalhos siga a linha estratégica definida pelos gestores.
Como integrar estes trabalhadores e criar engajamento?
Recentemente, a Hermes, empresa britânica de correio, ofereceu mais benefícios para os trabalhadores nesta categoria, como salário mínimo e pagamento de férias, mas sem ferir o seu atributo de trabalhador independente. Isto pode tornar-se uma tendência para evitar a precarização desta modalidade de trabalho, mas já há diversas medidas reconhecidas de aumentar o engajamento destes colaboradores com a corporação.
É comum que um freelancer permaneça numa mesma empresa por anos, ainda que num vínculo de trabalho mais flexível. Deste modo, torna-se necessária a criação de políticas e práticas internas de integração e ciclo de vida destes profissionais à organização. É importante que os trabalhadores gig não tenham a mentalidade de que podem sair a qualquer momento, o que poderia comprometer a consecução dos objetivos estratégicos da empresa. Desta forma, os próprios gerentes devem ser treinados no sentido de integrar trabalhadores que não se adequem a regimes mais tradicionais de trabalho. Recentemente, publicamos em nosso blog um texto completo sobre os recursos de onboarding e inboarding, o primeiro para novos funcionários e o segundo para os mais longevos
Pesquisa realizada em 2019 pela Cezanne com profissionais de recursos humanos mostrou que 60% dos entrevistados não inseriam os trabalhadores da economia gig em seus programas de integração. Não se trata de investimentos vultosos, e é algo importante para que estes trabalhadores tenham uma visão mais completa do trabalho que realizam, da equipa que integram e dos objetivos da empresa que os contrata, de uma forma geral.
Política de feedback para os trabalhadores temporários
Outra dimensão que é frequentemente relegada ao segundo plano pelas empresas é uma política de feedback para com estes trabalhadores, pois otimiza os resultados e os mantém engajados nas tarefas que realizam. Dessa forma, torna-se muito importante que se responda a perguntas como as seguintes, a fim de prestar um retorno qualificado aos trabalhadores, com uma consistente avaliação de desempenho:
- Eles entregaram o que se esperava deles?
- Eles poderiam ter feito melhor?
- Como o trabalho deles encaixou-se no projeto como um todo?
- Usarias os mesmos novamente ou os recomendarias a outra pessoa?
Utilize a seu favor o Cezanne HR para lidar com os trabalhadores gig
Agora que já sabes tudo sobre o que são os trabalhadores da economia gig e como eles se tornaram uma tendência no mundo moderno, fica a pergunta: como operacionalizar isso no âmbito da gestão de recursos humanos da tua empresa? Podes lançar mão do Cezanne HR e automatizar este trabalho, otimizando o tempo e gerando relatórios bastante ricos. Com o nosso sistema em nuvem, teu departamento de recursos humanos dará conta com maior facilidade de tarefas como geração de holerites, gestão de ausências, avaliação de desempenho, integração de novos funcionários, notificações automáticas de tarefas, acesso a dados pessoais etc.
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As ferramentas do Cezanne HR adaptam-se tanto aos funcionários com vínculo empregatício, quanto tanto a funcionários mais flexíveis, como os trabalhadores gig. Deste modo, consegues aceder a uma visão mais ampla da tua força de trabalho completa, independentemente da modalidade de trabalho à qual o colaborador esteja vinculado. Solicite uma demonstração e sinta na prática como o software de gestão de recursos humanos do Cezanne HR pode alavancar a gestão do seu negócio.